segunda-feira, 17 de julho de 2017

CONVENTO DE S. FRANCISCO EM COIMBRA: EXEMPLO DE INDEFINIÇÃO E FALTA DE GESTÃO


Em Coimbra existe um elefante branco, que custou mais de quarenta milhões de euros, que dá pelo nome de "Centro de Congressos", mas que na prática não passa de uma sala de récitas da Câmara. Como Centro de Congressos internacional falhou rotundamente, pois não existem em Coimbra suficientes hotéis de 4-5 estrelas, além de não existir aeroporto Como sala de récitas, queria rivalizar com a Casa da Música e o Centro Cultural e também aí falhou rotundamente.

Só lá fui uma vez, porque o programa não tem oferecido nada de atractivo. É mais fácil deslocar-me à Casa da Música ou ao Centro Cultural de Belém, pois têm boa programação, divulgada com muita antecedência. Fui, convidado, a uma récita de uma escola da cidade e saí a meio, porque tudo era mau, desde a homenagem da escola ao Presidente da Câmara (que se julga dono da casa, aprovando em cada reunião da Câmara os espectáculo e os preços dos bilhetes) até à homenagem do Presidente da Câmara à escola. Coça-me as minhas costas que eu coço-te as tuas. Confesso que nunca recebi nem sequer vi um livrinho de programação como recebo do Porto ou e Lisboa. Dizem que o programador não tem qualquer autonomia: limita-se a interpretar quais são os gostos do dono da casa.  A cidade, os seus meios culturais, vivem desligados de S. Francisco.

Coimbra tem, de facto, alguns equipamentos colectivos, mas é como se não tivesse. O objectivo de S. Francisco é indefinido e a gestão não existe. O monstro está lá, a consumir recursos da Câmara, quer dizer de nós todos, sem que haja fruição visível. DE Coimbra pouca gente lá vai, os meus amigos a quem pergunto também lá não foram. Ninguém vem do Porto ou de Lisboa assistir a um espectáculo lá. A única coisa que elogio é não ter sido dado o nome do Presidente da Câmara ao equipamento que está ao serviço do Presidente da Câmara.

Em 1 de Outubro próximo vai haver mudança na Câmara Municipal e o Convento de S. Francisco terá de ser devolvido à cidade e ao país.

Sem comentários:

DUZENTOS ANOS DE AMOR

Um dia de manhã, cheguei à porta da casa da Senhora de Rênal. Temeroso e de alma semimorta, deparei com seu rosto angelical. O seu modo...