quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Povos ou populações?

Vale a pena ler.

15 comentários:

Barba Rija disse...

Tsk tsk, então abomina igualmente o Desidério a tão oportuna leitura do sr. Cavaco Silva sobre a raça portuguesa?

E isso é um juízo a priori ou não? :D (não estou a gozar, até acho que é uma excelente pergunta)

Gozos àparte, este vai ser um dos temas mais importantes num séc. que vai ser mais globalizante do que aquilo que possamos sequer imaginar, e as questões da heterogeneidade e/ou homogeneidade cultural/social/étnica serão muito, muito tensas.

Por outro lado, vejo o centro de Londres, a "City" sem praticamente nenhum inglês de "gema", com hindus, portugueses, espanhóis, chineses, etc., e vejo aí um futuro brilhante.

Vitor Guerreiro disse...

A despsicofoda do século será perceber de uma vez por todas que a "gema" é uma invenção maluca recente na história humana, que, nas palavras do McGinn, é uma sucessão gigantesca de preconceitos, superstições, medos, fantasias, tretas, mentiras, psicofodas...

Imagine-se isto numa composição escolar, aparentemente muito edificante, que o aluno inocente escreveu depois de o professor, sem sequer perceber que o fez, lhe ter lavado o cérebro:

"Os meninos pobres são iguais a nós"

Parece contra a diferença mas institui a diferença - "nós", "os meninos pobres", a etiqueta "pobres", a suposição de que "nós" é que somos "ricos", "bonitos", "normais", etc.

Um exercício simples de DESPSICOFODA, contra o pensamento de rebanho (faça-se um por dia):

"Entre os meninos não há diferenças"

Pronto, fomos capazes de dizer o que queríamos sem instituir ou pressupor a separação. Aniquilámos a psicofoda linguística.

Façamos agora o mesmo aos "povos" e às "gemas"... e ao ovo inteiro. Veja-se as pessoas pelo que são: pessoas.

despsicofodei-vos

joão boaventura disse...

Opinião de Vítor Guerreiro:

Ponhamos de parte a palavra "povo" e usemos antes "população"

Opinião da Constituição Portuguesa:

Artigo 3.º
(Soberania e legalidade)
1. A soberania, una e indivisível, reside no "povo", que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.
Artigo 7.º
(Relações internacionais)
1. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, do respeito dos direitos do homem, dos direitos dos "povos", da igualdade entre os Estados, da solução pacífica dos conflitos internacionais, da não ingerência nos assuntos internos dos outros Estados e da cooperação com todos os outros "povos" para a emancipação e o progresso da humanidade.
2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os "povos", bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança colectiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os "povos".
Artigo 9.º
(Tarefas fundamentais do Estado)
São tarefas fundamentais do Estado:
d) Promover o bem-estar e a qualidade de vida do "povo" e a igualdade real entre os portugueses, bem como a efectivação dos direitos económicos, sociais, culturais e ambientais, mediante a transformação e modernização das estruturas económicas e sociais;
e) Proteger e valorizar o património cultural do "povo" português, defender a natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto ordenamento do território;
Artigo 10.º
(Sufrágio universal e partidos políticos)
O "povo" exerce o poder político através do sufrágio universal, igual, directo, secreto e periódico, do referendo e das demais formas previstas na Constituição.
________________-
Outras designações: pessoas, cidadãos, todos, trabalhadores, as famílias, pais, mães, mulheres, crianças, filhos.
________
Certo que a Constituição não é uma Enciclopédia, mas fico na corda bamba entre o povo da enciclopédia e a psicopopulação do Vítor Guerreiro.

Sem demagogia.

Desidério Murcho disse...

A constituição portuguesa, como quase qualquer outro documento político, é uma psicofoda e das grandes. E subsiste com base em mentiras políticas: que há uma coisa chamada "povo", e não apenas pessoas, que há uma coisa chamada "identidade cultural", e não apenas costumes idiotas, que há que defender a melhor língua do mundo, que é sempre a nossa, etc.

Despsicofoder-se é começar por compreender a mentira política que nos rodeia.

Vitor Guerreiro disse...

caro boaventura:

a sua reacção é um perfeito exemplo, ou ilustração, daquilo que tenho vindo a criticar e a denunciar, e a razão por que o livro do Colin McGinn é uma intervenção tão oportuna.

As reacções negativas que em geral a própria tradução do título têm recebido são elas próprias o exemplo máximo daquilo que o livro critica. Por acaso é perfeito. As respostas indignadas que tenho recebido espelham na perfeição o objecto de estudo do filósofo inglês de Miami - é parte da população (de várias populações, na verdade) não sendo parte de "povo" algum.

Onde está o argumento racional que me diz que:

a) as constituiçoes políticas são à prova de psicofodas.
b) não tenho o direito de afirmar seja o que for que vá contra o que alguma besta se lembrou de inserir numa constituição política.

Vitor Guerreiro disse...

A "corda bamba" é um bom exemplo: a resposta à hesitação é parar de procurar onde está a autoridade mais flamejante, as palavras mágicas mais cativantes, o tal "espírito do não-sei-quê" (do 25 de abril? do 25 de novembro?) que não se pode "trair" etc coiso e tal.

É largar toda essa parafernália de frases feitas, tretas e mentiras, e ver:

argumentos. razões. ideias. exemplos. contra-exemplos.

pensar, pensar, pensar... sempre!

Temos em primeiro lugar de perceber: o que está em causa no uso de um termo ou de outro. Por que recusar ou não recusar, entendido o ponto anterior, o termo?

Só no final deste escrutínio de razões podemos ter a nossa própria posição. Afinal: se uma cambada de burros formados na tradição académica pimba portuguesa podem fazer revisões à constituição, também nós podemos, sossegadamente, fazer uns argumentos para captar as psicofodas desta e de outras constituições.

joão boaventura disse...

Caro Desidério

Pelo seu argumento posso chegar também à conclusão que a filosofia, a psicologia, a sociologia, a economia, e os habituais etecéteras também se encaixam na etiqueta das mentiras filosóficas, psicológicas, sociológicas, económicas, e das mentiras das habituais etecéteras.

Além da palavra "povo" que agride o entendimento de Desidério e Vítor, indiquei igualmente outros signos usados na Constituição que não vou aqui repetir, e entre eles o de "pessoas".

O que me é difícil entender, é o tom agressivo com que se filosofa e expõe ideias.

Com certeza que não há uma maneira única de as expor, há mil, e todas aceitáveis, mas a de Desidério, como a de Vítor, é peremptória, assertiva, e ditatorial, como se não admitisse réplica, contestação ou alternativa, sob pena de eu ser classificado como psicomentecapto, ou atrasado mental.

Como é possível o diálogo quando os problemas são postos, não com argumentos, mas classificando pessoas e documentos pejorativamente, e como decidido que é assim e não se fala mais disso?

PsiCordialmente.

joão boaventura disse...

Caro Vítor Guerreiro

Eu entendo a revolta que sente por aquilo a que chamamos “normalidade” da vida “normal”, “repetitiva”, usando o vocabulário da língua portuguesa, e o encantamento que lhe dá força para quebrar a rotina das frases feitas, estereotipadas, as “good manners” do caldo em que estamos todos mergulhados, e o uso e abuso das metáforas.

Mas já não entendo que a revolta se limite à simples revolta, sem o contra-ponto, sem a explicação das razões que provocam o seu desencantamento.

A atracção que sente pelas ideias Colin McGinn oferece-me algumas dúvidas, como também ao próprio Colin, que também afirma assertivamente que “nada há de mais irritante para mim do que um longo tratado filosófico no qual o autor nunca chega a dizer exactamente o que pretende, ou no qual elabora o óbvio. Tenho sempre a vontade de dizer: despacha-te com isso.” (Como se faz um filósofo).

Deduzo daqui, e porventura mal, que Desidério e Vítor, têm certezas óbvias, nas e das incertezas. A este propósito ia referir-me ao Popper, mas dispenso-me porque Colin, quando diz que lhe apetece mandar despachar as pessoas, já está a dizê-lo. Portanto despacho o Popper.

Dito isto, perfilham (as pessoas necessitam de pontos de apoio para haver comunicabilidade) uma dada doutrina, ideia, ideologia, pontos de vista, convicções, ou o que quer que seja, para criarem uma etiqueta diferente da chamada “usual”, “corrente”, “rotineira”, “clonada”, “gasta”, “ultrapassada”.

Contra isso nada tenho a opor, até porque já tem um apóstole no Desidério, e no Colin que também tem pressa em pensar, e tanta, tanta, que o pensamento acaba por lhe fugir e passar à frente, e de tal maneira que, de pensar em pensar, acaba como Cristo que anda de glória em glória, sem chegar lá.

Como o mundo é incerto, Vítor tem certezas quanto aos significados e diferenças dos signos “povo” e “população” (da mesma raiz latina “populus”), e por isso sente autoridade para o afirmar, escudado em Colin, o Colin que condena o óbvio.

Agora entendo porque é que Colin foi galardoado com o prémio John Locke.
Como Vítor cita Colin, eu cito Locke:

“§ 134. That which every gentleman (that takes any care of his education) desires for his son, besides the state he leaves him, is contained (I suppose) in these four things, virtue, wisdom, breeding, and learning. I will not trouble myself whether these names do not some of them sometimes stand for the same thing, or really include one another. It serves my turn here to follow the popular use of these words, which, I presume, is clear enough to make me be understood, and I hope there will be no difficulty to comprehend my meaning.” (Some thoughts concerning education, A New Edition, London: Sold by J. and R. Tonson in the Strand. 1779).

Como se verifica pelo texto também Locke não se preocupava muito com o óbvio dos signos: "virtue, wisdom, breeding, and learning"
Enfim, como dizem os brasileiros: foi um bom papo. Cá estou eu com a linguagem corriqueira e não pensada, a papinha já feita e consagrada. Com a lei do menor esforço.

Com um abraço ao Desidério que provocou o embate e ao Vítor que deu o tema da conversa.

Vitor Guerreiro disse...

caro boaventura,

não vi em todas as suas respostas um único argumento simples contra aquilo que afirmo. No meu post original expliquei a razão da minha insatisfação com o uso da expressão "povos". Não defendi que se deve banir a expressão "povos". Apenas referi o que me parece ser uma psicofoda política implícita nesse termo e a proposta é simplesmente esta: se nos estamos apenas a referir às pessoas que se encontram num dado território, e não a qualquer entidade mística ou "alma nacional" ou "identidade" acima dos indivíduos... é melhor usarmos um termo neutro, como "população", porque "população" não tem essa carga implícita de uma "identidade", um "sujeito", uma "alma nacional". Simplesmente não sou obrigado a aceitar que os indivíduos se relacionem entre si em dois planos: como pessoas e também como etiquetas ou anúncios de um credo, etnia ou "tradição". Não sei o que é isso da "alma nacional". Não pertenço a povo algum. Faço parte de várias populações, na medida em que sou uma coisa que nasceu em certo sítio mas continua a andar, a pensar e a agir, de um lado para o outro.

Ninguém aqui quer impor coisa alguma a alguém. Simplesmente temos em portugal um senso comum segundo o qual afirmar peremptoriamente que se "discorda" de algo é sinal de má educação e de tentativa de opressão dos outros.

É pena que este pudor não venha à tona quando se trata de encomiar autores pós-modernos e conversa da treta académica, como se fossem as manifestações últimas do espirito humano.

Se o Desidério tentar mostrar que Orwell sabia mais filosofia a dormir que muitos pseudo-filósofos acordados, levantam-se logo vozes a protestar que não se pode falar em Orwell, para discutir só lendo o Sartre em francês ou o Heidegger em alemão: numa atitude perfeitamente fascista, num pretensiosismo aristocrático de arrepiar.

Mas se alguém manifesta a sua opinião, sem recorrer à benção de um papa filosófico qualquer (não é para isso que invoco o McGinn, mas simplesmente para referir algumas reacções que recebi à tradução do termo "mindfucking" - aliás, na minha recensão do livro dedico um parágrafo a expor aquilo que me desagradou no livro. Mas estas coisas escapam sempre a alguns leitores).

Ter opiniões fortes não é sinónimo de ditadura nem de oprimir outros. Os outros, se tem opinião contrária, que a defendam com argumentos e não com exortações, porque ficamos na mesma: só os tolos se inibem de continuar a falar depois de lhes objectarem com exortações.

Cumprimentos

joão boaventura disse...

Caro Vítor

Eu nada posso contrapor à defesa acérrima que faz sobre como devem ser interpretados os signos "povo" e "população" e a preferência para o uso mais acentuado do segundo, por se coadunar com o ideário que Colin lhe proporcionou.

Apresentou-os como óbvios e não argumentei porque também utilizei o Colin, não só por me ter proporcionou a resposta “nada há de mais irritante para mim...no qual elabora o óbvio", mas também por, como disse o Vítor, "o livro do Colin McGinn é uma intervenção tão oportuna."

Sabe muito bem que o mundo está cheio de óbvios, uns mais do que outros mas, obviamente óbvios.

Como a bíblia do Vítor é o Colin, a minha bíblia é alargada, o que permite indagar as minhas dúvidas que excedem as certezas.

Vamos então aos psicodicionários.
Houaiss:

"Povo - 1. conjunto de pessoas que falam a mesma língua, têm costumes e interesses semelhantes, história e tradições comuns (o povo russo). 2. conjunto de pessoas que vivem em comunidade num determinado território; nação, sociedade. 3. conjunto de indivíduos de uma mesma região, cidade, vila ou aldeia (o povo bracarense). 4. conjunto de indivíduos de uma mesma ou várias nacionalidades, agrupados num mesmo Estado (o povo suíço).5. conjunto de pessoas que não habitam o mesmo país mas estão ligadas por uma origem, a sua religião ou qualquer outro laço (o povo cigano).(...)"

"População - 1. conjunto dos habitantes de determinado lugar, região, país. 1.1. o número desses habitantes (população de Lisboa). 1.2. a população local. 2. conjunto de pessoas que compõem uma categoria particular (população escolar). 3. ECO conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que ocorrem juntos numa mesma região (população de cegonhas). 4. ECON parte da população de um determinado lugar dedicada à produção de bens e serviços. 5. conjunto de corpos celestes de características semelhantes.(...) ETIM lat.medv. 'populatio, onis''população, povo'.

O Vítor no seu blog disse:
"Ponhamos de parte a palavra 'povo' e usemos antes 'população'.
Na sua última resposta ao meu comentário anterior desmente-se a si mesmo e diz: "Não defendi que se deve banir a expressão "povos".

Não vou perguntar qual o certo porque afirma que tem "opiniões fortes", e, neste caso, duas opiniões fortes. O Vítor cria labirintos e perde-se neles.

Como pode ver pelo Houaiss o "povo" é tão neutro como a "população", e não sei onde foi descobrir a neutralidade da "população". Mas, pela riqueza sinonímica de ambos signos, e porque o Vítor é contra o que está estabelecido, veja o que diz Wittgenstein (esta psocomania das citações):

"Será sempre uma vantagem substituir um retrato indistinto por um muito nítido? Não será muitas vezes exactamente do indistinto que necessitamos?"(philosophical investigations, Oxford, 1953, p. 34)

Cordialmente

Vitor Guerreiro disse...

No meu post original também defendi que devemos reservar a palavra "povo" para duas situações: a) ao traduzir autores xenófobos, místico-nacionais, etc. b) quando nos queremos referir ao tipo de entidades místicas que são a base de tais discursos. Recomendar que se evite a palavra "povo" sempre que queremos apenas referir as pessoas, e não uma ideia mística acerca daquilo que supostamente "liga" essas pessoas, não é o mesmo que dizer: "apague-se a palavra do dicionário".

Há um ano um linguista galego insurgiu-se contra a inclusão no diccionario da real academia espanhola dum sentido arcaico para "galego" como "tartamudo", "tolo", etc.

Ora, eu sou contra a supressão da informação mesmo quando ela nos desagrada, aliás, especialmente quando ela nos desagrada. Não quero que se apague as psicofodas associadas à palavra "povo" da memória, tal como não quero que se mande abaixo o espantalho de pedra sobre o tejo, em almada: deve ficar de pé, como memória para as gerações vindouras do que foi o provincianismo portuga noutros tempos.

Dito isto, é preciso ressalvar que não são só os discursos de extrema-direita que gostam da mística do "povo". Também as psicofodas de esquerda recorrem à dita palavra mágica para suscitar o tipo de adesão irracional que medra sempre na ausência de argumentos e na pura vontade de ser deludido. Há uma vontade por parte das pessoas em estar sob o domínio de delusões fortes. É o fascínio mórbido da tal "identidade" acima de mim.

Há uma diferença fundamental nas duas definições, como citou:

"Conjunto de pessoas que estão ligadas por uma origem, religião ou qualquer outro laço".

Ora bem, é contra esta "gema" que eu tenho estado a falar, e é precisamente isso que não encontra na definição de "população".

Não sei onde foi buscar a ideia tola de que sou "contra o que está estabelecido". Sou contra o que penso que está mal, seja isso de direita ou esquerda, estabelecido ou "solto", ortodoxo ou heterodoxo.

Mas há uma diferença importante, creio e espero, entre a minha atitude e a de muitos esquerdistas e heterodoxos que conheço: mudo de opinião com um argumento convincente, e não tenho medo de admitir erros.

Vitor Guerreiro disse...

Uma nota: o Colin McGinn não discute a etimologia de "povo" nem a opção por "população" em qualquer lugar. Que eu saiba, o homem não escreveu uma linha sobre isso.

Você partiu acriticamente do princípio que eu, como qualquer bom tuga que se preze, foi atrás do seu santo de eleição para o repetir. Mas não se trata disso. Não andamos aqui a tentar vender às pessoas a ideia de que devem abandonar os Sartres e os Marxes e os Heideggers e trocá-los por santos "analíticos". Estamos simplesmente a dizer às pessoas para pensarem por si próprias e não por "bíblias". Isto não significa obviamente que estamos a incitar à queima de bíblias, sejam de que cor forem.

Vitor Guerreiro disse...

Por uma questão de justiça, vou autocitar-me, no meu post original:

"venho aqui partilhar um hábito que adoptei há algum tempo: evito à força toda a palavra "povos" a menos que a omissão implique infidelidade gritante com o original. Ao invés, uso a palavra "população" e "populações". Passo a explicar."

e

"Assim: a menos que estejamos a traduzir um autor xenófobo, racista ou nacionalista, um platónico religioso ou um místico pós-moderno... Ponhamos de parte a palavra "povo" e usemos antes "população"."

Da próxima vez que quiser apanhar-me em contradição: cite a informação toda, não seleccione.

joão boaventura disse...

Caro Vítor

«De mim não aprendereis filosofia, mas antes como filosofar, não aprendereis pensamentos para repetir, mas antes COMO PENSAR.»

Kant

Cordialmente

joão boaventura disse...

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